Sorte de haver agasalho em minha sacola,
Eu podia sentir o cheiro da chuva e o frio que se aproximava.
Busquei um lugar para me abrigar...
Arvores, buracos, cavernas...
Nada me parecia seguro.

Achei um casebre próximo a uma clareira,
Seria mais arriscado dormir ao relento ou esperar o dono daquele lugar?
Tudo parecia abandonado há muito tempo...Então ficar tornou-se a melhor escolha.

Arrumei um pouco os itens que achei espalhados,
Tentei mesmo que por uma noite dar um "toque de lar".
Após estar tudo no seu devido lugar saí a desbravar os arredores...
Catei galhos para lenha, flores para suco e cogumelos para refeição.

Esboçei o desejo de comer carne mas era tarde demais, e talvez eu me tornasse a presa.

Naquele lugar inóspito, que acabara de se tornar meu lar...
Eu adormeci. E sonhei com dias melhores...
Noites quentes e vestes de princesa.

Eis que surges com vestes de seda,
E todo o sonho se desfaz.
Tua presença, meu rei, não mais possivel nem nos meus sonhos.
Tudo desmorona quando penso em você...
Quando lembro da sua ausência.