"Não me interessam mais nem as estrêlas, nem as formas do mar, nem tu. Desenrolei de dentro do tempo a minha canção: não tenho inveja às cigarras: também vou morrer de cantar." ACEITAÇÃO (Cecilia Meireles)
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21.4.07

Poemas sujos e sem nome - Parte III



Imaginei-me no corpo da outra
Sendo amada por você
Sofrendo dos seus carinhos
Sentindo as dores dela
Seus odores me ludibriavam
Dei entrada no mundo mágico dos seus desprazeres
Dadas as mãos como quadrilha
Como túnel
Me senti sufocada
As vertigens
O final não chegava
Me vi frente a frente com a pequena morte
Aquela em que a dor vira amor
E o amor toma forma de dor
Talvez para ser melhor degustado
Vem a latência, a dormência
Aquela ardência persistente
Senti o prazer da tua força
Em meu rosto a fúria das tuas mãos
Mas teu toque é como pétalas, espinhos...
E eu rapidamente despejo meu sangue
Ao bel-prazer do seu desprezo

Garota de Vênus

[ 1 Comentários ]


1 Comentários:

Às 24/4/07 3:33 PM , Anonymous Anônimo disse...

esses poemas sujos e sem nome são ótimos
vc eh ótima com as palavras

 

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"Aqui neste momento, Momentâneo, Inútil, ou não. Apago da minha memória, Tempos inertes de ilusão, Todas as conversas sem fundamento, Todas as citações erradas, As notas baixas, Os falatórios maestrais. Que moral que nada, A Vida me aguarda, A vida Errada, A sede - A grande sede me mata, A Saudade me maltrata."
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